A trilha sonora do filme foi concebida durante o primeiro semestre de 2007 especialmente para o documentário. O samba alinhavou sensivelmente a narrativa e foi um trabalho muito especial de colaboração com o músico Tiarajú Pablo D'Andrea.
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"O branco é sempre da chefia" foi. A frase fica assim mesmo. Cristian do Águia entrou no aquário, tocou a primeira passagem, tocou a segunda, o Caio mixou e estava pronto.
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Seu doutor (Tiarajú Pablo D'Andrea)
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Sou mulher (Tiarajú Pablo D'Andrea)
Quem é você pra me dizer como se assenta um tijolo? Quem é você pra me dizer que me sustenta na vida? Você que toda vez correu na hora do sufoco E se escondeu atrás de uma garrafa de pinga Ora não venha me dizer como se faz um prédio? Quem é você pra me dizer o que é construção? A minha vida do teu lado foi sempre um tédio Um pedaço de engano, uma desilusão Sou mulher De briga, de fibra De viga, de raça Da lenha da vida Eu faço fumaça E sei o que esse mundo quer Ficha técnica: Cristian do Águia (pandeiro, surdo, rebolo), Jade Percassi (voz), Paula Constante (segunda voz), Tiago Oliveira (cavaco, banjo), Tiarajú Pablo (violão) |
Capacetes Coloridos (Tiarajú Pablo D'Andrea)
Capacetes coloridos Fantasias de um sinistro carnaval Imagens marcadas de dor Passistas de um bloco Feroz e mortal Sangra a face A concretude da existência Suportada com demência Baixo-salário e resignação A morte do operário É a vida do patrão São milhões Corpos errantes na obrigação Calejados de tristeza Na passarela da migração A busca de um sonho encantado Se desvanece sob o concreto armado Os olhos vermelhos O pranto escureceu O rosto no espelho Se viu Se arrependeu Pedreiro da construção civil Herói primeiro do Brasil Que vive no canteiro a opressão Trabalho livre será a libertação Ficha técnica: Cristian do Águia (surdo de primeira, surdo de corte, repique, caixa, pandeiro), Tiago Oliveira (cavaco 1, cavaco 2, caixa), Tiarajú Pablo (voz) O branco é sempre da chefia (Cristian do Águia)
Ficha técnica: Cristian do Águia (pandeiros) |
Argamassa (Tiarajú Pablo D'Andrea)
Quantas vidas cortadas sustentam palácios? Quantas pernas, quantos braços servem de argamassa? Argamassa Quanta carne foi preciso pra obra barata? Haja sangue,haja gente, gemendo, haja massa Haja massa Haja massa Do edifício polido a queda à calçada Estilhaçando no vento o tempo a carcaça Carcaça Carcaça Quantos corpos empilhados cheirando a cachaça? Pele, suor, ferro aço, concreto e mordaça Mordaça Mordaça Quantas vidas cortadas sustentam palácios? Quantas pernas, quantos braços servem de argamassa? Argamassa Argamassa Ficha técnica: Paula Constante (segunda voz e teclado), Thiago Oliveira (violão tenor e baixo), Tiarajú Pablo (voz e violão) |